O alho-negro é o ingrediente do momento entre chefs europeus e americanos (no Brasil, também é usado em restaurantes). Seu dente, de cor marrom intensa, consistência cremosa e sabor levemente adocicado, permite usufruir das propriedades medicinais do alho sem os característicos amargor e cheiro forte.
A intrigante flor negra aí embaixo é o que não parece: puro alho. Apesar da coloração, nada foi adicionado a esse membro da família Allium sativum. Mas ele passou por um processo de fermentação e envelhecimento (veja abaixo) que o deixou completamente diferente. A textura ficou cremosa e o sabor, ligeiramente adocicado, lembra um vinagre balsâmico de qualidade, sem nenhuma semelhança com o ardido do alho in natura. Mais uma mordida e o gosto remete ao melaço, ao tamarindo. E lá no fundo aparece um toque de defumado. Tudo muito sutil. A essência, levemente picante, também surge, mas vem com o umami (o quinto sabor) e uma gama de sensações.